Faricimabe: Guia de Pacientes e Cuidadores

Para o tratamento de degeneração macular relacionada à idade (DMRI) neovascular (úmida) e edema macular diabético (EMD)

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Este guia fornece informações importantes de segurança ao(à) paciente, para ajudar você a entender os benefícios e riscos associados a faricimabe. Utilize este guia para aprender mais sobre sua condição e o que pode esperar do seu tratamento com faricimabe. Ele também é para familiares e cuidadores de pessoas que vivem com DMRI ou EMD. Para esclarecer qualquer dúvida, entre em contato com seu(sua) médico(a). Este medicamento está sujeito a monitoramento adicional. Isso permitirá a identificação rápida de novas informações de segurança, e você pode ajudar ao relatar quaisquer efeitos colaterais que possa ter.

Contate seu(sua) médico(a) o mais rápido possível se você sentir algum dos seguintes sintomas após o tratamento com faricimabe:

  • Diminuição repentina da sua visão, caso observe pontos cinzas em movimento, o que chamamos de “moscas volantes”

  •  Sensação repentina de que algo está em seu olho, secreção ocular (substância liberada para fora do seu olho) ou lacrimejamento (lágrimas no olho)

  • Dor no olho intensa, visão embaçada, sensibilidade à luz ou vermelhidão na parte branca do olho

  •  Flashes de luz no campo de visão, aumento rápido de vários pontos cinzas na visão (moscas volantes) ou a sensação de que parte da visão está escura, como que tapada por uma cortina

A degeneração macular relacionada à idade (DMRI) é uma causa comum de perda de visão central entre pessoas com 60 anos ou mais. Quanto mais a DMRI progride, maior a perda de visão central.

É uma doença de longa duração (crônica) e necessita de cuidados contínuos.

A degeneração macular ocorre quando o olho começa a envelhecer de forma doentia, causando assim a morte gradual das células do olho (unidades muito pequenas que formam o olho, chamadas de fotorreceptores).

Em 15% dos casos, vasos anormais crescem na mácula e sangram, e isso causa o inchaço da mácula e morte rápida dos fotorreceptores. Nesses casos os pacientes notam rápida piora da visão – esse é um tipo de DMRI conhecida como DMRI neovascular, exsudativa ou úmida (são todos nomes que indicam o mesmo tipo da doença).

Nos outros 85% dos casos, a DMRI manifesta-se de uma outra forma e é chamada de DMRI seca. Esse tipo de doença geralmente tem progressão mais lenta, mas até o momento não possui um tratamento aprovado no Brasil.1

A DMRI sempre afeta os dois olhos, porém, muitas vezes não ao mesmo tempo, e não se manifesta da mesma forma. Ela sempre afeta somente a mácula e, por isso, se atingir o estágio final da doença (cicatriz), causará somente a perda da visão central (responsável pela leitura, reconhecimento do rosto das pessoas, da comida no prato etc.).

A retina é o tecido que reveste o olho por dentro, como um papel de parede, que registra as imagens que vemos – e as envia para o cérebro.

A mácula é a parte central da retina, responsável por nossa visão mais nítida, que é utilizada para ler, dirigir um carro, reconhecer rostos ou cores e ver objetos nos mínimos detalhes.

Descrição de imagem: ilustração de um olho saudável representado na lateral. A figura indica as partes do olho, iniciando pela pupila na parte mais anterior, seguida pelos vasos sanguíneos, mácula, retina e, na parte mais posterior, o nervo óptico.

Descrição de imagem: ilustração de um olho afetado por DMRI, representado na lateral. A figura indica retina inchada e o crescimento de vasos sanguíneos anormais, que se somam aos vasos normais mostrados na figura anterior do olho saudável.

Descrição de imagem: figura de um óculos ilustrando alguns dos sintomas da DRMI. Do lado esquerdo uma imagem com uma área escura e vazia no centro da visão e do lado direito uma imagem com as cores apagadas.

Descrição de imagem: figura de um óculos ilustrando alguns dos sintomas da DRMI. Do lado esquerdo uma imagem com uma visão turva e do lado direito uma imagem distorcida.

  • Visão embaçada ou distorcida – como linhas retas que parecem onduladas

  •  Objetos com formato ou tamanho incorretos

  •  Cores que parecem menos brilhantes

  •  Área escura e vazia no centro da visão

  •  Dificuldade em ler, dirigir, assistir à TV ou realizar outras tarefas diárias

Pessoas que têm diabetes e apresentam, com frequência, níveis elevados de açúcar (glicose) no sangue correm o risco de desenvolver uma doença chamada retinopatia diabética (RD), que está entre as principais causas de cegueira no mundo.2

A RD pode complicar com o passar do tempo, levando à ocorrência do edema macular diabético (EMD). 

O EMD acontece quando o açúcar elevado causa corrosão nos vasos sanguíneos da retina, que enfraquece a parede dos vasos, causando assim não só a deformação dos vasos, como o vazamento de sangue e fluidos para fora deles. Se não tratado a tempo, esse vazamento causa o inchaço da mácula e morte dos fotorreceptores.

A retina é o tecido que reveste o olho por dentro, como um papel de parede, a camada posterior dentro do olho que registra as imagens que vemos – e as envia para o cérebro.

A mácula é a parte central da retina, responsável por nossa visão mais nítida, que é utilizada para ler, dirigir um carro, reconhecer rostos ou cores e ver objetos nos mínimos detalhes.

Descrição de imagem: ilustração de um olho saudável representado na lateral. A figura indica as partes do olho, iniciando pela pupila na parte mais anterior, seguida pelos vasos sanguíneos, mácula, retina e, na parte mais posterior, o nervo óptico.

Descrição de imagem: ilustração de um olho afetado por EMD, representado na lateral. A figura indica retina inchada, o crescimento de vasos sanguíneos anormais, que se somam aos vasos normais mostrados na figura do olho saudável, e também vazamento de vasos sanguíneos.

Descrição de imagem: figura de um óculos ilustrando alguns dos sintomas da EMD. Do lado esquerdo uma imagem com áreas ou manchas escuras e do lado direito uma imagem com as cores apagadas.

Descrição de imagem: figura de um óculos ilustrando alguns dos sintomas da EMD. Do lado esquerdo uma imagem com uma visão turva e do lado direito uma imagem distorcida

  • Visão embaçada ou distorcida

  • Objetos com formato ou tamanho incorretos

  • Cores que parecem menos brilhantes ou opacas

  • Dificuldade em ver luzes fortes ou ofuscantes

  • Manchas escuras, espalhadas pelo campo de visão

  • Dificuldade em ler, dirigir, assistir à TV ou realizar outras tarefas diárias

Faricimabe é um medicamento aplicado por meio de uma injeção no olho, que bloqueia o fator de crescimento endotelial vascular A (VEGF-A) e a angiopoietina-2 (Ang-2). O VEGF-A e a Ang-2 são importantes no crescimento de novos vasos sanguíneos e na estabilidade desses vasos. Faricimabe é indicado para o tratamento de degeneração macular relacionada à idade (DMRI) neovascular (úmida) ou a deficiência visual causada por edema macular diabético (EMD).

Quando a retina não está recebendo oxigênio suficiente (uma das causas é por estar inchada e/ou com vasos sanguíneos danificados), ela libera uma substância chamada fator de crescimento endotelial vascular A (VEGF-A) para produzir novos vasos (chamados de neovasos). Nessas situações, a angiopoietina-2 (Ang-2) também pode estar aumentada.

Entretanto, a retina existe para enxergar e não para produzir vasos sanguíneos em excesso, logo esses vasos são de qualidade muito ruim e, por isso, podem acabar machucando ainda mais a retina.

Faricimabe atua impedindo a ação do VEGF-A e da Ang-2, e isso evita que esses novos vasos ruins se formem, protegendo a sua retina. Ele também impede que haja o vazamento dos vasos da retina. Dessa forma, sua retina consegue “enxugar” o líquido que já tinha vazado, e faricimabe impede novos vazamentos.

Descrição de imagem: ilustração da injeção de faricimabe feita dentro do olho.

Após o início das aplicações, seu(sua) médico(a) irá avaliá-lo(a) regularmente para se certificar de que o tratamento está funcionando corretamente e de que nenhum novovazamento está ocorrendo.

Preparação para o seu dia de tratamento

  •  Peça a um membro da família ou acompanhante para levá-lo(a) à sua consulta. Isso irá ajudá-lo(a) durante o deslocamento e também a memorizar todas as informações fornecidas pelo(a) médico(a)

  •  Não use maquiagem no dia da aplicação

  •  Leve óculos escuros com você, pois seus olhos podem ficar sensíveis à luz após a injeção

  •  Coma alimentos leves antes da injeção

No dia do tratamento, antes da injeção

Faricimabe é aplicado no seu olho (injeção intravítrea) por um(a) profissional com experiência em administrar injeção nos olhos.

  1. Será aplicado um colírio para anestesiar o olho (ficar sem sensibilidade)

  2. Será aplicado também um colírio desinfetante para limpar os olhos cuidadosamente e prevenir infecções

  3. Será colocado um instrumento para manter seus olhos abertos, impedindo que você pisque

Informe o(a) seu(sua) médico(a) antes de aplicar faricimabe se:

  • Você está com infecção no olho ou ao redor dele

  • Você está com dor, vermelhidão ou coceira no olho (inflamação nos olhos)

  • Você é alérgico a faricimabe ou a qualquer componente desse medicamento. A lista completa pode ser encontrada na bula para pacientes

Durante a injeção

  • A aplicação levará apenas alguns minutos

  • Você estará acordado(a)

  • Você poderá sentir pressão e/ou uma picada durante a injeção

Depois da injeção

  • Pergunte ao(à) seu(sua) médico(a) se você deve evitar alguma atividade específica

  • Siga as orientações dadas pelo(a) seu(sua) médico(a)

  • Tente descansar/ repousar seus olhos o máximo possível e, inicialmente, por, pelo menos, algumas horas, mas seguindo as recomendações do seu(sua) médico(a)

  • Você pode notar pontos cinzas em movimento em sua visão (moscas volantes) após a aplicação de faricimabe

Após a injeção, você provavelmente poderá ter visão turva e perceber pequenas partículas em sua visão. Isso é normal e deve durar apenas alguns dias.

Pouco tempo, após a injeção intravítrea de faricimabe, poderá ocorrer:

  • Inflamação dentro do olho

  • Uma infecção incomum, porém grave, dentro do olho chamada “endoftalmite”

Contate seu(sua) médico(a) o mais rapidamente possível se sentir algum dos seguintes sinais de reações alérgicas, inflamação ou infecções:

  •  Perda repentina da visão

  •  Agravamento da vermelhidão do olho

  •  Dor e/ou aumento do desconforto no olho

  •  Visão turva ou diminuída

  • Aumento no número de pequenos pontos em sua visão que não desaparecem após alguns dias

  • Maior sensibilidade à luz

É importante seguir o tratamento recomendado pelo(a) seu(sua) médico(a). Peça orientações ao(à) médico(a) antes de interromper o tratamento.


Se você tiver quaisquer eventos adversos (eventos indesejáveis durante ou após o tratamento), fale com o(a) seu(sua) médico(a) assim que possível. Isso inclui quaisquer sintomas possíveis não descritos na bula de faricimabe para pacientes.

Ao relatar eventos adversos, você pode ajudar a fornecer mais informações sobre a segurança deste medicamento.

  • Para reportar um evento adverso com medicamento Roche, entre em contato com o

Serviço de informações Roche 0800 7720 289, de segunda-feira a sexta-feira, das 8h às 17h, ou pelo [email protected]

  • Este material não contém todas as informações sobre faricimabe. Para obter mais informações, consulte a bula do produto ou entre em contato com o

Serviço de informações Roche 0800 7720 289, de segunda-feira a sexta-feira, das 8h às 17h, ou pelo [email protected]

Esse material atende às normas da ANVISA para implementação do Plano de Gerenciamento de Risco do medicamento e tem por finalidade reduzir a probabilidade de ocorrência de eventos adversos ou diminuir sua gravidade.

Este material de cunho estritamente científico, tem objetivo educacional e não tem a finalidade de condicionar a prescrição, uso, promoção, venda, recomendação, indicação ou endosso de nenhum produto Roche ou qualquer concessão de benefício à Roche.

Material destinado a profissionais de saúde e pacientes que tenham recebido a prescrição do medicamento.


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Todas as ilustrações foram adaptadas a partir de imagens royalty free do site www.shutterstock.com/

Referências:

1. Roche and Genetech materials reference Jager RD, Mieler WF, Miller JW. Age-Related macular degeneration. New England Journal of Medicine. 2008; 358:2606-2617. 2. Cheung N, Mitchell P, Wong TY. Retinopatia diabética. Lancet. 2010; 376 (9735): 124-36.

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