No mês marcado pelo Dia Internacional da Mulher, Março Lilás, ampliamos as vozes da sociedade em apoio à meta da OMS para erradicar o câncer de colo do útero e auxiliar em políticas públicas a favor da vida.
A cada 80 minutos, uma mulher morre por causa do câncer de colo do útero, terceiro tipo de câncer mais frequente na população feminina e a quarta causa de morte de mulheres por câncer no Brasil. Apenas em 2020, foram mais de 16 mil novos casos diagnosticados, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA)1. Apesar dos dados alarmantes, o câncer cervical, como também é chamado, é um dos poucos tipos de cânceres que pode ser evitado e, se diagnosticado na fase inicial, tem 100% de chance de cura.
Pensando em mudar o cenário da doença no mundo, a Organização Mundial da Saúde (OMS) fez um chamado à sociedade para acelerar a eliminação do câncer do colo do Útero, como um problema de saúde pública. A estratégia tem como base três pilares: (1) garantir que 90% das meninas de até os 15 anos de idade recebam a vacina já disponível no Sistema Único de Saúde contra o papilomavírus humano (HPV), principal causa da doença; (2) ter 70% das mulheres de 35 até os 45 anos de idade recebendo um exame de rastreamento com teste de alta precisão com características de desempenho semelhantes ou melhores do que o teste de DNA HPV; e (3) assegurar que 90% das mulheres identificadas com lesões precursoras ou câncer invasivo recebam tratamento1.
A vacina contra HPV disponível no Brasil para meninas e meninos entre 9 e 13 anos é o primeiro passo para diminuir a transmissão do vírus. Mas estima-se que quase 80% de todos os adultos sexualmente ativos terão o vírus do HPV em algum momento de suas vidas. Por isso, aliados aos métodos preventivos, a incorporação de exames de alta precisão para a detecção do vírus é fundamental para identificar de forma precoce as mulheres em risco de desenvolver a doença.
Um resultado negativo de teste de DNA HPV de alto risco oferece a segurança da não infecção, ampliando o intervalo necessário entre um exame e outro. Ou seja, esta mulher tem muito baixo risco de ter câncer agora, ou de desenvolvê-lo nos próximos 5 anos2-8. Isto representa mais segurança para a paciente e maior custo-efetividade para o sistema de saúde, contribuindo para o diagnóstico precoce da doença.
Uma atuação conjunta entre a sociedade, instituições e indústria torna-se o único caminho possível para eliminarmos o câncer de colo do útero no Brasil. Neste sentido, a Roche tem atuado em parceria com a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO) para promover discussões com diferentes agentes da sociedade sobre políticas públicas e parcerias que possam acelerar a erradicação deste tipo de câncer.
“Já temos as ferramentas possíveis para que nenhuma mulher morra de câncer de colo do útero. Agora precisamos unir forças para mudar o cenário no Brasil e no mundo e é isso que viemos construindo lado a lado nesses últimos anos e que vamos fortalecer ainda mais com esta parceria”, Dr. Agnaldo Lopes da Silva Filho, presidente da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO) e professor titular do Departamento de Ginecologia e Obstetrícia da Faculdade de Medicina da UFMG.
Por fim, convidamos uma paciente para contar sua experiência com o Programa Indaiatubano de Rastreamento de Câncer de Colo do Útero, uma parceria entre Roche, a Universidade de Campinas e a Prefeitura Municipal de Indaiatuba. Confira:
WHO. Strategy to Accelerate the Elimination of Cervical Cancer. Publicado em: https://www.who.int/news-room/events/detail/2020/11/17/default-calendar/launch-of-the-global-strategy-to-accelerate-the-elimination-of-cervical-cancer#:~:text=Cervical%20cancer%20is%20one%20cancer,is%20both%20preventable%20and%20curable.
Estimativa para 2020 de incidência de câncer no Brasil. Publicado em: https://www.inca.gov.br/publicacoes/livros/estimativa-2020-incidencia-de-cancer-no-brasil
Ronco G et al. Lancet 2014;383:524–32
Huh W et al. Primary hrHPV Screening Interim Guidance. Obstetrics & Gynecology. 125(2):330–337, FEB 2015.
Ronco G et al. Lancet. 2014 Feb 8;383(9916):524-32.
Australian Cervical Screening Guidelines 2016
Guía de práctica clínica para el manejo de lesiones premalignas del cuello del útero. FECASOG. 2017
Guías Clínicas AUGE Cáncer Cérvico Uterino. Chile 2015.